Vargem Grande ainda está atrás de dinheiro para tratar o esgoto
segunda-feira, 26 de março de 2012O tratamento de esgoto tem sido uma preocupação dos municípios banhados pelos afluentes do rio Sorocaba, mas as realidades são distintas. Enquanto algumas cidades estão próximas de um saneamento completo, outras buscam recursos para iniciar o processo adequado de descarte dos dejetos.
Itu é um dos municípios próximos de tratar todo o seu esgoto. Segundo a empresa Águas de Itu, prestadora de serviço de saneamento básico na cidade, a ideia é alcançar esse objetivo neste ano.
Atualmente, Itu coleta 100% do esgoto residencial e industrial produzido na cidade. O tratamento é feito em 74% desse montante. Os dejetos não tratados são despejados no rio Pirajibu, afluente da margem direita do rio Sorocaba. O seu percurso termina próximo ao Parque das Águas.
A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Canjica é a responsável por todo o tratamento do esgoto coletado no município. Até o final deste ano, todo o dejeto do município será tratado com a finalização da construção da ETE Pirajibu.
Em Mairinque, não há o tratamento de esgoto e os dejetos dos 55 mil habitantes são despejados diretamente no ribeirão do Varjão. O curso dessa água continua nos rios Pirajibu e Una, que desembocam no rio Sorocaba.
A empresa SaneAqua, que opera os serviços de água e esgoto de Mairinque, espera sanar o problema até 2016. A Prefeitura também tem promovido campanhas de conscientização com os moradores da cidade. A ação visa distribuir sacolas biodegradáveis aos moradores vizinhos dos córregos e rios e recolher os resíduos jogados nas margens.
A situação em Vargem Grande Paulista é mais crítica. Não há tratamento de esgoto no município e todo o dejeto é jogado no ribeirão Vargem Grande e no córrego do Matão, pertencentes ao manancial hídrico que faz parte da bacia hidrográfica do rio na cidade Sorocaba.
O secretário de Planejamento Urbano e Obras Municipais de Vargem Grande Paulista, Maurício Alberto Cinto, diz que a construção está “em passos lentos”. “O prédio operacional e os dois tanques de tratamento estão prontos, mas falta a instalação dos equipamentos”, comenta.
Cinto aguarda uma posição da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para definir o prazo de entrega da estação de tratamento de esgoto. “A ideia era entregar a primeira fase da obra no fim de 2012”, comenta. O município possui 42 mil habitantes e aproximadamente 20 mil residências.
A Sabesp pretende investir, entre 2009 e 2013, cerca de R$ 8,6 bilhões para ampliar a coleta e o tratamento de esgotos. O objetivo é ter até o fim do próximo ano 100% de água tratada no Estado, 90% de esgoto coletado e 88% de tratamento de esgoto.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul